domingo, 11 de abril de 2010

Quando a Ciência Prova Que o Amor Não Tem Fronteiras

Marilyn Schlitz inspirou Dan Brown e crê que tudo e todos estão conectados.

    Inspirou Dan Brown sem saber, investiga como as intenções de alguém podem influenciar outra pessoa à distância e acredita na convergência da ciência e da metafísica. "O amor verdadeiramente não tem fronteiras", disse Marilyn Schlitz, no Porto.
   A directora do Instituto de Ciências Noéticas da Califórnia (EUA) passou de cientista, apenas conhecida em meios académicos, a uma vedeta da imprensa quando, no ano passado, o famoso escritor Dan Brown afirmou ter-se inspirado no seu trabalho para escrever o livro "O Símbolo Perdido".
   Ao JN, Marilyn Schlitz contou que só soube do facto depois de o livro estar publicado, pelo próprio Brown que lhe comunicou, por e-mail, que não a tinha informado antes devido a reservas editoriais. Foi a melhor publicidade que o Instituto poderia ter tido, admite Schlitz, visivelmente satisfeita pelo interesse que o trabalho da sua equipa despertou.

   A investigadora esteve no Porto para apresentar os seus estudos no simpósio "Aquém e além do cérebro", que ontem terminou na Casa do Médico. Autora de inúmeros artigos científicos sobre medicina alternativa e complementar, Schlitz desenvolveu vários modelos experimentais para testar a hipótese de ser possível alguém influenciar outra pessoa que está distante e que não sabe estar a ser alvo de atenção. Através de medidas fisiológicas (como o calor e o suor da pele), mediu-se o efeito da intenção dirigida pelo "influenciador" no sujeito passivo. Os resultados demonstram que há modificações "estatisticamente significativas" - isto é, não podem ser explicadas pelo acaso - nas pessoas que foram objecto de observação.

   Mais: os resultados são ainda mais expressivos quando as pessoas envolvidas têm uma ligação. Numa investigação envolvendo casais, em que uma das pessoas sofria de cancro, pediu-se ao elemento saudável que participasse num projecto de treino espiritual com a intenção de dirigir amor e compaixão ao parceiro. Em diversas ocasiões, o indivíduo saudável concentrava-se no que estava doente e tentava transmitir sentimentos benévolos. Mesmo não sabendo quando estava a ser alvo desse processo, o corpo do elemento doente registava alterações muito significativas, garante a investigadora.

   Estes resultados parecem indicar, na opinião de Marilyn Schlitz, que existe uma ligação entre as pessoas, a um nível ainda não cabalmente explicado, que é tanto maior quanto os sentimentos que as unem. A convicção pessoal da investigadora é que estudos científicos como estes estão a fundamentar tradições espirituais e teorias metafísicas de que tudo e todos estão conectados.

   "O que estamos a fazer é pegar nas lentes da ciência para começar a explorar a natureza da nossa experiência interior. E o que a ciência nos está a dizer é que há meios pelos quais o binómio mente-corpo de uma pessoa está ligado ao de qualquer outro", afirma.
  - Helder Norte -
   - JN-Online -
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