Técnica inédita em Portugal tenta minimizar sequelas de paralisia cerebral arrefecendo os bebés durante 72 horas.
O bebé Cerejo, como Dinis é tratado pelas enfermeiras da Unidade de Cuidados Intensivos de Neonatologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, ficou preso ao corpo da mãe quando tentava nascer. O impasse no parto provocou uma paragem respiratória e temeu-se o pior: paralisia cerebral. Mas Dinis é um caso de sucesso da aplicação de uma nova técnica, importada do Reino Unido, que usa o frio para evitar as consequências da falta de oxigenação do cérebro.
Quando menos se espera e, muitas vezes sem razão aparente, um parto que parecia banal transforma-se num drama. E o nascimento pode provocar danos determinantes para o futuro da criança. "Eu sempre disse que é muito importante nascer bem", afirma Carlos Moniz, responsável pela introdução da hipotermia induzida em Portugal.
O director do Serviço de Neonatologia do Departamento da Criança e da Família do Hospital de Santa Maria - a única unidade hospitalar no país a aplicar este método, desde o fim de Janeiro - explica que em Portugal ocorrem entre cem e 400 situações anuais de asfixia.
Dinis nasceu em Abrantes, depois de uma gravidez tranquila e num parto que se perspectivava normal. Mas tudo se complicou e acabou por lhe faltar oxigénio. Transportado de ambulância para Lisboa, foi o quarto bebé a ser tratado em Portugal com hipotermia induzida. Na passada quarta-feira, foi submetido a uma ressonância magnética para comprovar a extensão dos danos. A conclusão foi que Dinis não deverá ter sequelas. "O exame não indicou lesões irreversíveis e o prognóstico é favorável", afirma Carlos Moniz, sublinhando que a confirmação só acontecerá quando o bebé completar 18 meses.
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- Cristiana Martins -
- Expresso-Online -
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