terça-feira, 28 de junho de 2011

SOL E PLANETAS
NÃO FORAM CONSTRUIDOS COM OS MESMOS MATERIAIS

Depois de analisar cuidadosamente amostras trazidas pela sonda espacial Génesis, cientistas da NASA descobriram que o nosso Sol e seus planetas interiores podem ter-se formado de maneira diferente do que se pensava.
Os dados revelaram diferenças entre o Sol e os planetas no oxigénio e no nitrogênio, que são dois dos elementos mais abundantes no nosso Sistema Solar.
Embora a diferença seja pequena, as implicações podem ajudar a determinar como o nosso Sistema Solar evoluiu.
A teoria mais aceite actualmente para a formação dos sistemas planetários propõe que o material que sobra da nebulosa original - depois que a estrela se formou - agrega-se para formar os planetas.
Se fosse assim, não deveria haver disparidade entre os elementos que formam cada um dos corpos celestes do sistema.
A equipa ciêntifica da sonda descobriu que a Terra, a Lua, assim como Marte e outros meteoritos que são amostras de asteroides, têm uma menor concentração de O-16 do que o Sol. A implicação é que eles não se formaram a partir dos mesmos materiais da nebulosa que criou o Sol - como e porque é algo ainda está por descobrir.
O ar na Terra contém três tipos diferentes de átomos de oxigénio, que são diferenciados pelo número de nêutrons que eles contêm. Quase 100 por cento dos átomos de oxigénio no Sistema Solar são compostos de O-16, mas há também pequenas quantidades de isótopos de oxigênio mais exóticos, chamados O-17 e O-18.
Pesquisadores que estudaram o oxigénio nas amostras trazidas pela Genesis descobriram que a porcentagem de O-16 no Sol é ligeiramente mais alta do que na Terra ou nos outros planetas terrestres. As porcentagens dos outros isótopos são ligeiramente mais baixas.
Os dados foram obtidos a partir da análise de amostras coletadas do vento solar pela Génesis - o material ejetado da porção externa do Sol.
Esse material é uma espécie de fóssil da nossa nebulosa original, porque a maior parte das evidências científicas sugere que a camada externa do nosso Sol não mudou de forma significativa nos últimos bilhões de anos.
Lançada em 2000, a sonda ficou coletando partículas solares entre 2001 e 2004, quando sua cápsula de retorno foi fechada e enviada de volta à Terra.
Por uma falha nos pára-quedas, em vez de ser capturada por um helicóptero, a cápsula chocou-se violentamante no solo.
Apesar do incidente, os cientistas conseguiram recuperar as amostras. Com isso, a demonstração de que elas não foram contaminadas é uma parte importante para a validação dos resultados agora anunciados.
 - iT - Inovação Tecnológica -

terça-feira, 21 de junho de 2011

CÉLULA HUMANA EMITE RAIOS LASER.
LASER VIVO.

Cientistas criaram um laser vivo, dando a uma célula humana a capacidade para emitir luz laser.
Pela primeira vez, cientistas demonstraram que um organismo biológico é capaz de emitir laser.
Malte Gather e Seok Hyun Yun, a trabalhar no Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, modificaram geneticamente uma célula para que ela expressasse a proteína fluorescente verde, a chamada GFP (Green Fluorescent Protein).

A luz emitida por essa proteína é não-coerente - como a luz de uma lâmpada. Mas os cientistas transformaram-na na base para a geração da luz laser a partir da célula onde ela está implantada.
Os dois pesquisadores usaram essa proteína para amplificar os fótons, transformando uma única célula em uma fonte de laser, que emite pulsos com duração de alguns nanossegundos cada um.
Os lasers pulsados são importantes em aplicações que vão dos vídeos holográficos à destruição de vírus no sangue, embora ainda não esteja claro se o laser vivo poderá ter utilidade tão ampla.

O laser celular foi montado colocando uma única célula expressando a GFP - com um diâmetro entre 15 e 20 milionésimos de metro - em uma microcavidade composta por dois espelhos altamente reflexivos, espaçados por 20 milionésimos de metro.
Uma descoberta inesperada foi que o próprio formato circular da célula funcionou como uma lente, focalizando a luz e induzindo a emissão de luz laser em níveis de energia mais baixos do que aqueles do dispositivo inicial baseado na solução de GFP.

Diz na NP que para esta experiência os cientistas usaram células embrionárias do rim humano.
Para seu colega Malte Gather, o grande motivador da pesquisa foi a curiosidade científica de saber se o laser era algo absolutamente artificial ou se essa emissão coerente de luz poderia ser feita no interior de organismos vivos.
A GFP - que é uma proteína encontrada originalmente em algumas espécies de medusa - mostrou-se interessante para a pesquisa porque ela pode ser induzida a emitir luz sem que seja necessário usar enzimas adicionais.

A possibilidade de gerar laser a partir de uma fonte totalmente biológica poderá dar um novo impulso às promissoras terapias fotodinâmicas - uma das mais eficientes, por exemplo, para a eliminação do câncer de pele.
Isto poderá ser particularmente útil para a criação de interfaces entre a eletrônica e os organismos biológicos, o que inclui as próteses inteligentes, as interfaces neurais e os exoesqueletos.
O próximo passo da pesquisa será tentar implantar os espelhos dentro da própria célula, criando um laser biológico autocontido e totalmente portável.
 - Nature Photonics -

terça-feira, 14 de junho de 2011

ALTERAÇÃO GEOLÓGICA DA TERRA.
FISSURA GIGANTE EM ÁFRICA.

Uma equipe internacional de cientistas diz que uma fissura existente no solo da Etiópia representa, provavelmente, a formação de um novo oceano. A fenda, que tem 56 km de comprimento, sofre um processo vulcânico praticamente igual ao que ocorre no fundo dos oceanos.

Em um estudo publicado na revista científica Geophysical Research Letters, os pesquisadores dizem que o objetivo era entender se o que está a acontecer na Etiópia acontece também no fundo dos oceanos, onde, dizem eles, é praticamente impossível ir.
Agora confirmaram que isso é verdade. Estudiosos da Etiópia, Estados Unidos, Inglaterra e França estão envolvidos no projeto.
A ficção científica virou realidade na semana passada, com um anúncio feito por cientistas da universidade de Oxford. Eles estão monitorando esta grande fenda que surgiu na crosta do nosso planeta, depois de um terremoto ocorrido em África, em setembro do ano passado.


A fissura está crescendo com uma velocidade sem precedentes e é a maior já vista em séculos. Com 60km de comprimento, ela pode chegar ao Mar Vermelho, separando a Etiópia e a Eritréia do resto do continente africano e criando um novo oceano.
Para o cientista Tim Wright e sua equipe da universidade de Oxford, trata-se de uma oportunidade única de observar o nascimento de um novo mar, mapeando o avanço da fenda com imagens do satélite europeu Envisat. A pesquisa foi publicada na famosa revista científica "Nature" e os dados preliminares indicam que a Etiópia e a Eritréia estarão separadas do resto da África dentro de um milhão de anos.


O novo solo formado no interior da fenda vai ficar abaixo do nível do mar, provocando a gradual invasão das águas do Mar Vermelho e formar um novo Mar. Isso faz com que a geografia do planeta mude gradualmente ao longo das próximas eras.

terça-feira, 7 de junho de 2011

CIENTISTAS ENCONTRAM VIDA NAS PROFUNDEZAS DA TERRA!

Pesquisadores encontraram vermes em profundidades na Terra onde antes se acreditava que nenhum animal poderia sobreviver.Descobertas em minas na África do Sul, as espécies de lombrigas podem sobreviver nas águas com temperaturas a até 48 graus e que se infiltram em fissuras localizadas a 1,3 quilômetro abaixo da crosta da Terra.

A descoberta surpreendeu os cientistas que, até agora, acreditavam que somente as bactérias unicelulares eram capazes de sobreviver nessas profundidades.
Em um artigo publicado na última edição da revista Nature, a equipe de pesquisadores diz que os vermes descobertos são os organismos multicelulares conhecidos que vivem na maior profundidade na Terra.
Os pesquisadores descobriram duas espécies de verme. Um deles é uma espécie nova, que os cientistas batizaram de Halicephalobus mephisto, em homenagem ao personagem de Fausto, de Goethe.
O outro é um verme já conhecido anteriormente, com o nome de Aquatilis Plectus.
Até hoje, apenas organismos unicelulares, como bactérias e fungos, haviam sido encontrados a quilômetros abaixo da crosta da Terra. Acredita-se que a falta de oxigênio impede que outros seres vivos vivam nesses locais.
Esses vermes parecem capazes de sobreviver com níveis muito baixos de oxigênio - menos de 1% dos níveis encontrados na maioria dos oceanos, segundo Onstott.
A água em que os vermes foram encontrados tem entre 3 mil e 10 mil anos, por isso é pouco provável que os pesquisadores tenham levado os vermes com eles nas minas.
Os cientistas, por enquanto, acreditam que os animais vieram originalmente da superfície, mas foram levados para baixo da terra nas rachaduras na crosta terrestre pela água da chuva há milhares de anos.
Os vermes na superfície são capazes de enfrentar grandes extremos de temperatura e podem sobreviver ao congelamento e descongelamento e à desidratação e reidratação.
Os autores do estudo disseram esperar encontrar outros animais multicelulares a grandes profundidades na crosta terrestre e já se preparam para novas buscas.
 - Journal Nature -