quinta-feira, 28 de abril de 2011

VÍRUS MUTANTES AJUDAM A PRODUZIR ENERGIA SOLAR.

Uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts emprega vírus transgênicos para melhorar a eficiência das células fotovoltaicas usadas para captar energia solar
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) conseguiram melhorar a eficiência de células solares em quase um terço com a ajuda de vírus geneticamente modificados. Os microorganismos são usados numa etapa especifica do processo de conversão da luz do sol em energia, atuando como uma espécie de “cola” que prende peças importantes em seu lugar.
Numa célula solar, o primeiro passo da captura é fazer com que a luz derrube elétrons do material da célula (geralmente silício). Depois, esses elétrons precisam ser afunilados em direção a um coletor, produzindo corrente elétrica. Por fim, os elétrons retornam ao material original por outro condutor e o ciclo recomeça. O novo sistema com vírus aumenta a eficiência da segunda etapa, ajudando os elétrons a achar seu caminho com mais facilidade. Os microorganismos têm a função de manter na posição os nanotubos de carbono que conduzem os elétrons.
A pesquisa do Xiangnan Dang e Hyunjung Yi, sob a supervisão da professora Angela Belcher, é baseada num fato já conhecido: o de que cilindros ocos microscópicos de carbono puro -- os nanotubos -- podem aumentar a eficiência do coletor de elétrons da superfície de uma célula solar.
 - Nature Nanotechnology -

quinta-feira, 21 de abril de 2011

CIENTISTAS TELETRANSPORTAM GATO DE SCHRODINGER

Se a experiência mental do gato de Schrodinger já não fosse estranha o suficiente, agora cientistas conseguiram complicar tudo um pouco mais.
A equipe do Dr. Noriyuki Lee e seus colegas da Universidade de Tóquio, no Japão, descobriram uma forma de teletransportar o gato de Schrodinger.
O teletransporte quântico já foi demonstrado com átomos e até mesmo com moléculas de DNA.
No teletransporte quântico, a informação (como o spin de uma partícula ou a polarização de um fóton) é transferida de um local para o outro, sem que ocorra o deslocamento por um meio físico.
Não há transferência de energia nem de matéria.
Já o famoso gato morto/vivo foi idealizado por Erwin Schrodinger para explicar o fenômeno quântico da superposição, em que uma partícula fica em dois estados simultaneamente, somente se decidindo entre um deles - ou colapsando, como dizem os físicos - quando se tenta medir esse estado.
Schrodinger explicou isto em termos de objetos em escala macro: um gato fechado em uma caixa contendo um frasco de veneno. O frasco estará aberto se uma partícula quântica estiver em um estado, e fechado se a partícula estiver em outro estado.
Em termos quânticos, o gato estará vivo e morto simultaneamente. Somente quando alguém abrir a caixa - o equivalente a medir o estado quântico da partícula - a partícula colapsará e conheceremos o real estado do gato - vivo ou morto.
O funcionamento do sistema de teletransporte propriamente dito dificilmente poderia ser descrito em linguagem não-matemática - veja na imagem o aparato necessário para executá-lo.
O processo envolve uma sequência de passos que combinam múltiplos fenômenos quânticos, incluindo compressão e subtração de fótons, entrelaçamento e detecção homódina.
Apesar da complexidade do processo e da fragilidade dos estados quânticos envolvidos, os cientistas conseguiram comprovar o teletransporte usando uma ferramenta matemática conhecida como Função de Wigner, que descreve o quão "quântico" um pulso de luz é.
A experiência demonstra um mecanismo que poderá ser usado para projetar computadores quânticos que serão capazes de transportar informações com precisão e com absoluta segurança - e instantaneamente.
Do ponto de vista científico, o experimento demonstra o avanço obtido na manipulação dos objetos quânticos, há poucos anos vistos como meras abstrações.
E renova as esperanças de que os cientistas logo encontrem uma forma de representar graficamente os estados quânticos das partículas, para que tais estados possam ser visualizados diretamente.
Clique aqui para ler este artigo completo.
Talvez então se conseguirá lançar alguma luz sobre o mistério da própria luz: a luz é uma onda, uma partícula, as duas coisas, ou nenhuma das duas coisas?
 - iT - Inovação Tecnológica -

quinta-feira, 7 de abril de 2011

CONSCIÊNCIA ROBÓTICA.

Agora sim, por hoje ser o 7º dia, e por o meu interesse ser a mente humana e em especial a "consciência", o artigo que se segue vem mesmo no momento certo! Aqui está... o prometido é devido!

ROBÔ DÁ PRIMEIROS PASSOS DE CONSCIÊNCIA!

 Ela ainda não é um robô no sentido comum do termo, porque ainda não tem um corpo.
Mas é o que mais aproxima até hoje daquilo que se poderia chamar de uma "mente robótica".
O programa, projetado para ser usado para animar um robô, conseguiu pela primeira vez completar testes padronizados de avaliação do estado de alerta, ou estado de consciência, no mesmo tempo gasto por humanos.
O nome dessa "consciência robótica" é LIDA, uma sigla para Learning Intelligent Distribution Agent, agente de distribuição inteligente do aprendizado, em tradução livre.
LIDA é filha de Stan Franklin, da Universidade de Memphis, com uma "participação especial" de Bernard Baars, do Instituto de Neurociências de San Diego e Tamas Madl, filósofo da Universidade de Viena, Áustria.

O programa foi inspirado por uma teoria bem estabelecida sobre a consciência humana, chamada "Teoria do Espaço de Trabalho Global" (TAG) - ou GWT, sigla do inglês Global Workspace Theory.
Segundo a TAG, o processamento inconsciente - a captura e processamento de imagens e sons, por exemplo - é feito por regiões diferentes e autônomas do cérebro, trabalhando paralelamente.
O professor Stan Franklin e seus colegas implementaram a teoria em um programa voltado para o controle de um robô, "enriquecendo" as bases da TAG com hipóteses sobre como esses processos de difusão da informação no cérebro se coordenam.

O resultado foi a mente robótica LIDA, que Franklin acredita ser uma reconstrução do processo de cognição do cérebro humano.
O funcionamento de LIDA baseia-se na hipótese de que a consciência é composta de uma série de ciclos, com duração de poucos milissegundos, e cada um subdividido em estágios inconscientes e conscientes.
Entretanto, só porque esses ciclos cognitivos são consistentes com algumas características da consciência humana, como os experimentos demonstram, isso não significa que é assim que a mente humana trabalha.
Foi por isso que os cientistas resolveram colocar a mente robótica para competir com mentes humanas.

Para melhorar as bases da comparação, os pesquisadores determinaram que as temporizações usadas nos ciclos de LIDA seriam os mesmos observados em dados neurológicos de humanos.
Por exemplo, os detectores de dados sensoriais do programa checam as informações a cada 30 milissegundos, o tempo que o cérebro humano leva para fazer uma associação entre uma imagem e uma categoria textual.
Mas isto significa que a mente robótica LIDA seja consciente?
"Eu digo que LIDA é funcionalmente consciente," diz Franklin, porque ela usa a difusão dos inputs para guiar suas ações e seu aprendizado.
O pesquisador estabelece uma demarcação clara entre essa consciência funcional e a chamada "consciência fenomênica", ou "consciência fenomenológica", não atribuindo à sua mente robótica uma capacidade de subjetividade.
Mas ele afirma que não há, em princípio, nenhuma razão que impeça que LIDA se torne totalmente consciente um dia: "A arquitetura poderá servir de base para a consciência fenomênica, apenas precisamos descobrir como trazê-la à tona."
Pode um computador se tornar consciente?
Para ter a resposta clique aqui e saberá isto e muito mais!
 - iT- Inovação Tecnológica -

quarta-feira, 6 de abril de 2011

PORQUE SILENCIARAM a ISLÂNDIA?

  Hoje, vou publicar com 3 horas de antecedência, porque o assunto é dramáticamente sério! Como sempre, o prometido é devido...!

OS CIDADÃOS ESTÃO COM O GOVERNO PORQUE ESTE NÃO LHES MENTIU

  Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.
  Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.

  Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.
  A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas “macaquices” bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).

  País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.
  Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal “ajuda” ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para “tapar” o buraco do principal Banco islandês.

  Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.

  O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.
  Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.
  Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.

  Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.

  Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não “estragar” os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.

  As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.

  Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.

  O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.

  Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.
Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.

  Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.
Por Francisco Gouveia, Eng.º - in internet -