quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Luanda comemora hoje 436 anos da sua fundação
A cidade de Luanda celebra hoje (quarta-feira), 25 de Janeiro, o 436º aniversário da sua fundação, em 1576.

  Em 1575, o capitão português Paulo Dias de Novais, ao desembarcar na Ilha do Cabo, estabeleceu o primeiro núcleo de colonos portugueses: cerca de 700 pessoas, das quais 350 homens de armas, religiosos, mercadores e funcionários públicos.
   Um ano depois (1576), reconhecendo não ser aquele lugar adequado, avançou para terra firme e fundou a vila de São Paulo da Assunção de Luanda e lançou a primeira pedra para a edificação da igreja dedicada a São Sebastião, onde se encontra hoje o Museu das Forças Armadas.
   Trinta anos mais tarde, com o aumento da população europeia e do número de edificações, a vila de São Paulo da Assunção de Luanda tomou foros de cidade, estendendo-se de São Miguel ao largo fronteiriço ao antigo Hospital Maria Pia (actual Josina Machel).
  No período da União Ibérica, em 1618 foi construída a Fortaleza de São Pedro da Barra. A cidade tornou-se no centro administrativo de Angola desde 1627.
   Em 1634 foi construída a Fortaleza de São Miguel de Luanda. A cidade foi conquistada e esteve sob o domínio da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, de 1641 a 1648, quando foi recuperada para a Coroa Portuguesa por uma expedição enviada da Capitania do Rio de Janeiro,
  Brasil, por Salvador Correia de Sá e Benevides.
  De 1550 a 1850, Luanda foi um importante centro do tráfico de escravos para o Brasil.
  Enquanto apenas um quinto de suas importações era originária de Portugal, o restante era do Brasil.
  O equilíbrio na balança comercial era mantido com o intenso contrabando de escravos.
  A cidade limitava-se a funções militares, administrativas e de redistribuição.
  As indústrias eram praticamente inexistente e a instrução pública pouco evoluída.
  Em 1847, incluindo os edifícios públicos, a cidade contava com 144 casas com primeiro andar, 275 casas térreas e 1058 cubatas (cabanas de indígenas).
  Cidade de degredados, com cerca de cinco mil habitantes, possuía perto de cem tabernas, pelo que viajantes a qualificavam como moralidade duvidosa.
  Em 1889, o governador Brito Capelo inaugurou um aqueduto que forneceu água potável a cidade, anteriormente escassa, abrindo caminho para o grande crescimento de Luanda. Em 1872 Luanda recebeu o anónimo de "Paris da África".
  Luanda é a maior e a mais densamente habitada cidade de Angola. Inicialmente projectada para uma população a rondar os 500 mil habitantes, é hoje uma cidade superpovoada.
  Tem uma população de aproximadamente cinco milhões de habitantes (estimativa da ONU em 2004), o que a torna a terceira maior cidade lusófona do mundo, depois de São Paulo e Rio de Janeiro.
  Desde Novembro de 2011, a província de Luanda conta com uma nova divisão Político-administrativa. É constituída pelos municípios de Luanda, Belas, Cazenga, Viana, Cacuaco, Quissama e Icolo e Bengo.
  A zona central da cidade de Luanda está dividida em duas partes, a Baixa de Luanda (a cidade antiga) e a Cidade Alta (a nova cidade). A Baixa de Luanda está situada próxima do porto.
  O litoral é marcado pela Baía de Luanda, formada pela protecção do litoral continental por meio da Ilha de Luanda e a Baía do Mussulo, ao sul do núcleo urbano principal, formada pela restinga do Mussulo.
  O clima é quente e húmido, mas surpreendentemente seco, devido à fria Corrente de Benguela que impede a condensação da humidade para chuva.
  Frequentemente, o nevoeiro impede a queda das temperaturas durante a noite, mesmo durante o mês de Junho, que costuma causar secas completas até Outubro.
  Luanda possui uma precipitação anual de 323 milímetros, mas a variabilidade está entre as mais altas do mundo, com um coeficiente de variação superior a 40%.
  O curto período de chuvas nos meses de Março e Abril depende de uma contra-corrente de norte que traz humidade à cidade.
  Luanda é a maior cidade e capital de Angola. Localizada na costa do Oceano Atlântico, é o principal porto e centro administrativo de Angola.
  As indústrias presentes na cidade incluem a transformação de produtos agrícolas, produção de bebidas, têxteis, cimento e outros materiais de construção, plásticos, metalurgia, cigarros e sapatos.
  - in Angop-Agência Angola Press -

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"iPhone em Português"

Brasileiro de 15 Anos Adapta iPhone á Língua Portuguêsa
Jovem brasileiro com apenas 15 anos adapta o iPhone 4S da empresa de tecnologia norte-americana Apple para entender português.

“Como a Apple esquece-se sempre do Brasil quando lança algum produto deste tipo, achei que seria uma boa oportunidade tentar mudar isso”, afirmou Pedro Franceschi à agência Lusa.

O aparelho, que começou a ser vendido nas lojas brasileiras em dezembro passado, está disponível apenas em inglês, francês e alemão.

A ideia, segundo Pedro Franceschi, partiu de uma conversa com os amigos, uma vez que eles próprios são utilizadores do iPhone 4S e sentiam falta de poder utilizá-lo na sua língua materna.

O jovem explica que a adaptação foi feita a partir da interceptação da comunicação entre o dispositivo de voz do iPhone, conhecido como Siri, e os servidores da Apple.

Para tal, o jovem programador utilizou o aplicativo Dragon Dictation, que também transcreve dados de voz, mas ‘já’ entende o português.

“Basicamente, o áudio é interpretado utilizando o aplicativo Dragon Dictation, da Nuance, é traduzido e regravado em inglês e então é enviado de volta para a Apple, simulando uma consulta feita em inglês ao Siri”
, explica o estudante.
De acordo com Pedro Franceschi, a solução foi encontrada após três dias e duas noites de muito trabalho, o maior dos quais foi decifrar os protocolos de comunicação trocados entre a Apple e o iPhone 4S.
A invenção ainda não está disponível para os utilizadores, mas não deve faltar muito.
O jovem afirma, no entanto, que não possui qualquer interesse em registar patentes de invenções suas, por questões ideológicas.

Português estuda influência das vagas de frio na biodiversidade marinha

No início de 2010, o nordeste do continente americano foi atacado por uma vaga de frio extremo. O investigador português João Canning Clode, que na altura estava a fazer pós-doc no Smithsonian Environmental Research Center, quis saber até que ponto esta vaga de frio afectarias as espécies marinhas, nomeadamente as que têm viajado das Caraíbas para o norte devido ao aquecimento das águas (fenómeno chamado de ‘Caribbean Creep’).

O investigador, que se encontra agora a fazer investigação Portugal, explicou o processo da investigação, agora publicada na revista «PLoS ONE». “Começámos a verificar que as espécies marinhas das Caraíbas que se deslocam mais para norte estavam a desaparecer. Por exemplo, o mexilhão verde da Indonésia (Perna viridis) tinha até àquele momento uma população de 11 mil indivíduos e passou a ter zero”, diz.
O animal marinho que o centro conseguiu capturar e estudar foi o caranguejo da espécie Petrolisthes armatus, pois embora a sua população tenha diminuído, não desapareceu completamente. Em laboratório, os investigadores simularam uma vaga de frio similar à que aconteceu e outra mais forte.
Com a simulação, João Canning Clode percebeu que esta espécie “não tolera vagas de frio”. “A população decaiu 70 por cento e com mais frio decaiu 100 por cento”. O cientista conclui, assim, que poderá haver uma “desaceleração” das migrações para norte.
O investigador defende que “os episódios de frio extremo” que se têm verificado, e que são ‘aberrações’ que se devem às alterações climáticas, muitas vezes são negligenciadas nos modelos matemáticos para as alterações climáticas dos próximos 100 anos.
Fala-se de “perda de biodiversidade que tem em consideração o aumento de temperatura. Mas os modelos têm também de ter em conta as vagas de frio”, acredita.

João Canning Clode, actualmente é investigador pós-doc no Centro do IMAR do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores e também no Centro de Oceanografia da Faculdade De Ciências da Universidade de Lisboa. Licenciou-se em Biologia, em 2005, pela Universidade da Madeira. Três anos depois fez o doutoramento em Ciências Marinhas e Oceanografia Biológica, no Leibniz Institute for Marine Sciences (IFM-GEOMAR), na Alemanha. Rumou depois aos Estados Unidos da América para desenvolver um projecto de pós-doutoramento na Instituição Smithsonian, o maior complexo de museus e investigação do mundo.

 - 2 artigos publicados na - CiênciaHoje -


 

domingo, 1 de janeiro de 2012

"1°Dia do Ano"

O PRIMEIRO DE MAIS UM...

 
Fotografia by Google

No Dia do Ano cada um de nós, uns mais outros menos, come passas(de uva), segura duas moedas(2€), agarra uma folha de louro(de loureiro), sim porque podia ser outra passa qualquer, podia ser duas moedas mais pequenas e podia ser de um loiro qualquer, resumindo... faz promessas e formula desejos: deixar de fumar, abrandar o ritmo, fazer um cruzeiro, ver o fogo de artificio á Madeira(enquanto há), que o país acorde sem tróika, por fim... concretizar um velho projecto. No Dia de Ano os grandes deste mundo põem um ar grave e vão às televisões, alguns vêm á net deixar as suas mensagens e fazer os seus votos num futuro melhor. No Dia de Ano todos estes rituais se repetem para no dia seguinte tudo voltar ao que era dantes. Mais um ano na história deste mundo pequeno e frágil que é o nosso sem que nada de significativo mude.
Nada muda no 1º dia de ano.
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