sexta-feira, 5 de março de 2010

Depois do oxigénio a Liberdade...


  O empresário Belmiro de Azevedo defendeu hoje a liberdade de expressão como um valor fundamental, manifestando a esperança de que se possa esclarecer o processo de retaliação contra os que “não obedecem facilmente” ao poder instituído.
  “A liberdade é o valor mais importante, vem logo depois do oxigénio para respirar”, afirmou o empresário nortenho, que hoje recebeu o doutoramento honoris causa pela Universidade dos Açores, em Ponta Delgada.
  Enquanto acionista do jornal Público, através da SONAE, Belmiro de Azevedo afirmou ter esperança de que “um dia se esclareça em que medida há retaliações contra as pessoas que não obedecem facilmente às orientações que vêm do poder, seja ele de que partido for”.
  O empresário escusou-se, porém, a comentar as recentes declarações de Francisco Pinto Balsemão sobre esta matéria, dizendo apenas que “como político e empresário de provas dadas, ele sabe o que está a dizer”.
  «Quem não tem dinheiro, não tem vícios. Nós não nos podemos armar em país rico sendo pobres e, neste momento, somos um país pobre», afirmou o empresário nortenho em declarações aos jornalistas.
  Belmiro de Azevedo, que hoje recebeu o doutoramento honoris causa  pela Universidade dos Açores, salientou que «o problema é que os recursos são limitados e os políticos têm tendência para esbanjar dinheiro, gastar o dinheiro que não têm e fazer promessas que sabem que não podem cumprir».
  «Eu não acredito nessa maneira de gerir um país», afirmou.
  O empresário considerou ainda que o Orçamento do Estado para 2010 «vai ser aprovado um bocado aos encontrões», mas frisou que «o mais importante é que seja cumprido o que for aprovado».
«As pessoas e as empresas é que têm que se governar, porque o Governo desgoverna», considerou Belmiro de Azevedo.
  O empresário apresentou ainda a sua posição sobre a melhor forma de atrair investimento para os Açores, defendendo a necessidade de transporte aéreo «rápido e barato».
  «Tem que se chegar aos Açores depressa e de forma barata. Não se traz turistas sem transporte regular a preço baixo e isso representa um investimento pequeno, não é preciso comprar aviões», afirmou.
  Nesse sentido, salientou que a existência de voos de baixo custo (low cost) permitiria que as pessoas viajassem de «um lado para outro por pouco dinheiro».
  «Para proteger um sistema monopolista, atrofia-se a economia açoriana», afirmou Belmiro de Azevedo.
Lusa / SOL
«Kandimba»

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