terça-feira, 21 de junho de 2011

CÉLULA HUMANA EMITE RAIOS LASER.
LASER VIVO.

Cientistas criaram um laser vivo, dando a uma célula humana a capacidade para emitir luz laser.
Pela primeira vez, cientistas demonstraram que um organismo biológico é capaz de emitir laser.
Malte Gather e Seok Hyun Yun, a trabalhar no Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, modificaram geneticamente uma célula para que ela expressasse a proteína fluorescente verde, a chamada GFP (Green Fluorescent Protein).

A luz emitida por essa proteína é não-coerente - como a luz de uma lâmpada. Mas os cientistas transformaram-na na base para a geração da luz laser a partir da célula onde ela está implantada.
Os dois pesquisadores usaram essa proteína para amplificar os fótons, transformando uma única célula em uma fonte de laser, que emite pulsos com duração de alguns nanossegundos cada um.
Os lasers pulsados são importantes em aplicações que vão dos vídeos holográficos à destruição de vírus no sangue, embora ainda não esteja claro se o laser vivo poderá ter utilidade tão ampla.

O laser celular foi montado colocando uma única célula expressando a GFP - com um diâmetro entre 15 e 20 milionésimos de metro - em uma microcavidade composta por dois espelhos altamente reflexivos, espaçados por 20 milionésimos de metro.
Uma descoberta inesperada foi que o próprio formato circular da célula funcionou como uma lente, focalizando a luz e induzindo a emissão de luz laser em níveis de energia mais baixos do que aqueles do dispositivo inicial baseado na solução de GFP.

Diz na NP que para esta experiência os cientistas usaram células embrionárias do rim humano.
Para seu colega Malte Gather, o grande motivador da pesquisa foi a curiosidade científica de saber se o laser era algo absolutamente artificial ou se essa emissão coerente de luz poderia ser feita no interior de organismos vivos.
A GFP - que é uma proteína encontrada originalmente em algumas espécies de medusa - mostrou-se interessante para a pesquisa porque ela pode ser induzida a emitir luz sem que seja necessário usar enzimas adicionais.

A possibilidade de gerar laser a partir de uma fonte totalmente biológica poderá dar um novo impulso às promissoras terapias fotodinâmicas - uma das mais eficientes, por exemplo, para a eliminação do câncer de pele.
Isto poderá ser particularmente útil para a criação de interfaces entre a eletrônica e os organismos biológicos, o que inclui as próteses inteligentes, as interfaces neurais e os exoesqueletos.
O próximo passo da pesquisa será tentar implantar os espelhos dentro da própria célula, criando um laser biológico autocontido e totalmente portável.
 - Nature Photonics -

3 comentários:

  1. Atento à recomendação acima irei dizer que gostei de "aterrar" aqui neste cantinho e poder ler o seu trabalho e preocupação com os avanços da ciência e da técnica.

    Um verde que nos situa na biologia da terra e dos seres que nela habitam e o trabalho do homem para chegar mais além procurando novas formas de vencer a doença e a morte anunciada.

    Gosto de ler estes apontamentos só que às vezes penso se será verdade.
    Existem muitas descobertas cientificas que estão para lá do nosso entendimento.

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  2. Olá Paulo

    Uma descoberta magnífica...um laser biológico!
    Na verdade estas descobertas enchem-nos de esperança nas lutas inglórias a que determinadas doenças nos desterram!
    Eu acredito na investigação cientifica, o problema é que desde a descoberta de tais eventos até à sua implementação decorrem algumas décadas...e lá chegado, o ser humano já havia esquecido onde tudo nasceu! Além disso, não podemos esquecer as questões éticas que se colocam na insvestigação com seres humanos....
    Abraço

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  3. Uauuuu tomara que dê todos os frutos essa pesquisa. Laser biológico heim?
    Maravilhoso post Paulo.
    Abraços e obrigada pela visita, volte quando puder e eu sigo-te para ver tuas novidades.

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