quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"iPhone em Português"

Brasileiro de 15 Anos Adapta iPhone á Língua Portuguêsa
Jovem brasileiro com apenas 15 anos adapta o iPhone 4S da empresa de tecnologia norte-americana Apple para entender português.

“Como a Apple esquece-se sempre do Brasil quando lança algum produto deste tipo, achei que seria uma boa oportunidade tentar mudar isso”, afirmou Pedro Franceschi à agência Lusa.

O aparelho, que começou a ser vendido nas lojas brasileiras em dezembro passado, está disponível apenas em inglês, francês e alemão.

A ideia, segundo Pedro Franceschi, partiu de uma conversa com os amigos, uma vez que eles próprios são utilizadores do iPhone 4S e sentiam falta de poder utilizá-lo na sua língua materna.

O jovem explica que a adaptação foi feita a partir da interceptação da comunicação entre o dispositivo de voz do iPhone, conhecido como Siri, e os servidores da Apple.

Para tal, o jovem programador utilizou o aplicativo Dragon Dictation, que também transcreve dados de voz, mas ‘já’ entende o português.

“Basicamente, o áudio é interpretado utilizando o aplicativo Dragon Dictation, da Nuance, é traduzido e regravado em inglês e então é enviado de volta para a Apple, simulando uma consulta feita em inglês ao Siri”
, explica o estudante.
De acordo com Pedro Franceschi, a solução foi encontrada após três dias e duas noites de muito trabalho, o maior dos quais foi decifrar os protocolos de comunicação trocados entre a Apple e o iPhone 4S.
A invenção ainda não está disponível para os utilizadores, mas não deve faltar muito.
O jovem afirma, no entanto, que não possui qualquer interesse em registar patentes de invenções suas, por questões ideológicas.

Português estuda influência das vagas de frio na biodiversidade marinha

No início de 2010, o nordeste do continente americano foi atacado por uma vaga de frio extremo. O investigador português João Canning Clode, que na altura estava a fazer pós-doc no Smithsonian Environmental Research Center, quis saber até que ponto esta vaga de frio afectarias as espécies marinhas, nomeadamente as que têm viajado das Caraíbas para o norte devido ao aquecimento das águas (fenómeno chamado de ‘Caribbean Creep’).

O investigador, que se encontra agora a fazer investigação Portugal, explicou o processo da investigação, agora publicada na revista «PLoS ONE». “Começámos a verificar que as espécies marinhas das Caraíbas que se deslocam mais para norte estavam a desaparecer. Por exemplo, o mexilhão verde da Indonésia (Perna viridis) tinha até àquele momento uma população de 11 mil indivíduos e passou a ter zero”, diz.
O animal marinho que o centro conseguiu capturar e estudar foi o caranguejo da espécie Petrolisthes armatus, pois embora a sua população tenha diminuído, não desapareceu completamente. Em laboratório, os investigadores simularam uma vaga de frio similar à que aconteceu e outra mais forte.
Com a simulação, João Canning Clode percebeu que esta espécie “não tolera vagas de frio”. “A população decaiu 70 por cento e com mais frio decaiu 100 por cento”. O cientista conclui, assim, que poderá haver uma “desaceleração” das migrações para norte.
O investigador defende que “os episódios de frio extremo” que se têm verificado, e que são ‘aberrações’ que se devem às alterações climáticas, muitas vezes são negligenciadas nos modelos matemáticos para as alterações climáticas dos próximos 100 anos.
Fala-se de “perda de biodiversidade que tem em consideração o aumento de temperatura. Mas os modelos têm também de ter em conta as vagas de frio”, acredita.

João Canning Clode, actualmente é investigador pós-doc no Centro do IMAR do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores e também no Centro de Oceanografia da Faculdade De Ciências da Universidade de Lisboa. Licenciou-se em Biologia, em 2005, pela Universidade da Madeira. Três anos depois fez o doutoramento em Ciências Marinhas e Oceanografia Biológica, no Leibniz Institute for Marine Sciences (IFM-GEOMAR), na Alemanha. Rumou depois aos Estados Unidos da América para desenvolver um projecto de pós-doutoramento na Instituição Smithsonian, o maior complexo de museus e investigação do mundo.

 - 2 artigos publicados na - CiênciaHoje -


 

2 comentários:

  1. Boa tarde, caro conterrâneo.
    Este "comentário" não tem a ver propriamente com o artigo, mas com algumas coincidências que aqui encontrei com a minha vida. Nasci em Luanda, também andei na João Crisóstomo e na Ecola Industrial. Depois da vinda para Portugal não fui para IST mas para o ISEL. As coincidências não se ficam por aqui, já que o meu avô paterno teve uma fazenda de café em Macocola, Sanza Pombo. Chamava-se José Augusto Dinis Rocha, mas você devia ser muito novo na altura para o ter conhecido.
    Ah, e também tenho aqui um blog pequenino (velhosimbondeiros.blogspot.com)
    Um abraço
    Carlos Rocha

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  2. Paulo, boa tarde.
    Estou a estranhar a sua "falta de actividade" aqui no blog.
    Espero que não se passe nada de mais.
    Boa Semana.

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