quarta-feira, 8 de maio de 2013

Região de Formação Estrelar Anárquica

 
 

Uma imagem da NGC 6559 demonstra bem a anarquia que reina quando estrelas se formam no seio de uma nuvem interestelar. O momento foi registado pelo telescópio dinamarquês de 1,54 metros, situado no Observatório de La Silla do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile.

A NGC 6559 é uma nuvem de gás e poeira situada a uma distância de cerca de cinco mil anos-luz da Terra, na constelação do Sagitário. Esta região brilhante é relativamente pequena, apenas com alguns anos-luz de dimensão, contrastando com os mais de cem anos-luz que é o tamanho da sua vizinha mais famosa, a Nebulosa da Lagoa (Messier 8, eso0936).

O gás presente nas nuvens da estrela, principalmente hidrogénio, é a matéria-prima da formação estelar. Quando a região no interior da nebulosa acumula matéria suficiente, dá-se o colapso sob o efeito da sua própria gravidade. O centro da nuvem torna-se cada vez mais denso e quente, até que se inicia a fusão termonuclear e a estrela nasce. Os átomos de hidrogénio combinam-se para formar átomos de hélio, libertando energia neste processo e fazendo assim com que a estrela brilhe.

Estas estrelas brilhantes, jovens e quentes, que nascem a partir da nuvem, emitem radiação que é absorvida e reemitida pelo hidrogénio gasoso que ainda se encontra presente na nebulosa circundando as estrelas recém-nascidas, e originando assim a região vermelha brilhante que podemos observar no centro da imagem. Este objecto é conhecido como uma nebulosa de emissão.
Uma nebulosa de reflexão

No entanto, a NGC 6559 não é apenas constituída por hidrogénio gasoso. Contém também partículas sólidas de poeira compostas por elementos pesados, tais como carbono, ferro ou silício. A mancha azulada próximo da nebulosa de emissão vermelha, mostra-nos a radiação emitida pelas estrelas recém-formadas a ser dispersada - reflectida em muitas direcções diferentes – pelas partículas microscópicas presentes na nebulosa. Conhecida pelos astrónomos como uma nebulosa de reflexão, este tipo de objecto é muitas vezes azul, porque a dispersão é mais eficaz para os menores comprimentos de onda.

Em regiões muito densas, a poeira obscurece completamente a luz que está por trás, como é o caso das manchas e bandas sinuosas escuras e isoladas que se vêem na imagem em baixo, à esquerda e à direita. Para podermos ver o que se encontra por trás destas nuvens, é necessário observar a nebulosa a comprimentos de onda maiores, os quais não são absorvidos pela poeira.
  - in CiênciaHoje -

1 comentário:

  1. Coelhamigo

    Cada vez que passo por cá - e, confesso, mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa - aprendo sempre coisas novas; desta feita fui apresentado, ou melhor, apresentaste-me a NGC 6559!!!! A cerca de cinco mil anos-luz da Terra. 'Da-se! Um dia destes, tiro-me das minhas tamanquinhas e vou até lá - só para comprovar a distância.

    Éke na verdade, parece-me que são 五個年份光的地球,根據中國流行的潛望鏡 ou, seja segundo os cientistas da República Popular da China, exactamente cinco mil anos-luz, 23 cms. O rigor dos astrónomos de Beijing (anteriormente Pequim) é bem conhecido.

    A sua entrada na EDP é suficientemente elucidativa das minudências que os caracterizam. Por isso, aqui deixo o meu modesto contributo para a Ciência.

    Há no entanto os que perfilham a doutrina de que a criação do Universo é da autoria de Deus Pai Todo Poderoso, criador do Céu e da Terra, acompanhado à guitarra por Nosso Senhor Jesus Cristo e à viola pelo BES ou seja o Banco Espírito Santo. Daí que me permitai acrescentar um brevíssimo comentário em ADENDA:
    "A fé move montanhas, mas os mais apressados preferem sempre a dinamite"

    Espero por ti Coelhamigo na minha Travessa com comentários e etc. Pelo meu estetoscópio, perdão, luneta lunar, consegui visitar-te... Sendo assim, não me desiludas. Obrigado.

    Abç

    Henrique

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